domingo, 25 de maio de 2008

Pior do que saudade, é saudade sem fim.

terça-feira, 20 de maio de 2008

explodir

Aprendi a me esconder atrás de mim mesma.

É horrível ter que se intrincar debaixo da própria saia, e fazer aquela cara de que tá tudo certo.



O São João virá numa excelente hora

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Direito do consumidor

Eu descobri que a vida deveria ser menos carnal.

A gente sente muito as coisas, sente no ouvido, sente no nariz, na boca, no pescoço e por toda linhagem geográfica corporal, amalgamando todos os tipos de sensações às dores e júbilos da carne.
É por isso que existem os exageros, por essa imprudência sentimental que invade os corpos sem pedir licença, fazendo-nos sentir vinte e quatro horas por dia.

Eu queria estar isenta de certas dores diárias, como pentear o cabelo pela manhã, bater o dedo do pé na quina da cama, a lente ardendo no olho, a coluna nas aulas de história. Mas só algumas dores, porque afinal, eu não viveria sem passar a língua freneticamente na afita localizada estrategicamente entre os dentes e o lábio inferior.

Se a escolha de sentir fosse nossa, tudo seria mais interessante de se viver.
Numa prova de matemática por exemplo, zero. Um zero bem inexorável, como diria Zezé.
A sensação de revolta, raiva, ou até tristeza, poderia ser simplismente banida, e você acordaria às cinco da tarde, de cara pra um lindo sol poente.

ê vidão

terça-feira, 13 de maio de 2008

Que venham dias mais azuis

Os últimos dias foram muito cinzas, e alastraram morbidez pelos meus ares. Peço ao sol para não tardar à vir.


E peço licença, para utilizar-me de uma frase proferida por Clarice Lispector em " Água-Viva ", como forma de lembrança, de que dias bons virão:

O mundo por um instante é exatamente o que meu coração pede.

domingo, 11 de maio de 2008

Eu não sentia os pés, não sentia as mãos. Estava tudo adormecido, não havia dor, nem felicidade, nem angústia, nem amor. Não havia nada. E não, não era a morfina.


Eu era inexistente. Eu era nada. Eu era a falta e o vazio da cama vazia. Eu era a esperança morta de um funeral, era lamento de partida nos lençóis dos amantes.


E só me ingadava: será que ainda tenho um coração?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Hoje não é um dia bom

Amanhã tem prova de matemática e tio log me odeia. Minha súplica é sincera, tio log, juro. A gente bem que podia negociar, te ensino a ser mais inexacto, mais humano. E você me ensina só um pouquinho a pensar de forma mais linear, a ser mais objetiva e numeral.

Poxa tio log, deixa eu ser sua base, e seja meu exponencial, só amanhã.

Amém

quinta-feira, 8 de maio de 2008

cheguei.

Virou moda escrever em blog. Pra falar a verdade, foi moda escrever em blog, na mesma época do mirc e icq. Eu mesma recordo-me das sôfregas horas editando o html, pra sair um template sempre bem eufórico com direito a fadinhas e recadinho pros visitantes. Pra não me sentir excluida do mundo internauta, aqui está minha nova atualização.

Mas sinto-me despreendida em falar: com essas modas que vão e voltam, as calças skinny e camisetas xadrez, sei que um dia vou ser igual à minha mãe. Tô em processo, processo.