terça-feira, 26 de agosto de 2008
Sou
para mostrar a grandeza que tenho
de densos mirantes, vê-se a certeza de talvez nada ser
E ainda ser grande.
Não me oponho a afagos
não repudio o contato A carne
mas é que dói tocar no que não é.
Aspiro vontade de tudo ser.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
ois
Pode?
segunda-feira, 21 de julho de 2008
tristeza
Não importa a tristeza que me toma a carne. Ainda me sinto feliz dentro dos adornos do quarto vazio. A melancolia vem a esmo, como quem não quer chegar. Felicidade é transeunte em meu peito aberto de sofrer. Ela arde e transpira em meus poros, apesar do pouco amor que estampa essas paredes brancas, já escuras do meu lamento.
Felicidade é sentir, mesmo com o coração cristalizado, espalhando os farelos pulsantes. E de que vale o coração? O peso do amor que balança desacordado, mas que habita. Não se inspira tristeza sem amor. Há de existir sempre; mesmo que entre os opostos, ele continuará manchando as paredes.
Não venha à tona dizer que não sente mais. Se o fizer, te trarei ao quarto vazio, que de pouco amor, estimula o coração.
sábado, 5 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Despindo
Guardo-as nesse blog, que pra mim é só espaço pra depositar o que não cabe mais em pensamento. É o que extraio de mim, é minha forma prosaica.
domingo, 29 de junho de 2008
Ei,
Não vai demorar até você olhar pro meu rosto cor de madrugada,
com tantas noites que foram reviradas, e pensar na dor e calafrio que te acomete, quando lembra da falta que eu faço entre seus braços. Não imagine que seja fácil suportar os delírios oníricos que você me submete.
Mas difícil mesmo é ter que esconder os dentes rangendo, a púpila dilatando e o coração que vai desenfreado toda vez que a porta bate e separa minha dor do seu desejo. Continuo precisando de alguém que me suporte até nas piores noites, aquelas em que o mau-humor chega e o sono tarda.
Continuo almejando palavras que caibam ao ouvido e ao coração. Frases interminadas que você me disse, ou qualquer loucura inventada que ilustre meus sonhos.
domingo, 25 de maio de 2008
terça-feira, 20 de maio de 2008
explodir
É horrível ter que se intrincar debaixo da própria saia, e fazer aquela cara de que tá tudo certo.
O São João virá numa excelente hora
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Direito do consumidor
A gente sente muito as coisas, sente no ouvido, sente no nariz, na boca, no pescoço e por toda linhagem geográfica corporal, amalgamando todos os tipos de sensações às dores e júbilos da carne.
É por isso que existem os exageros, por essa imprudência sentimental que invade os corpos sem pedir licença, fazendo-nos sentir vinte e quatro horas por dia.
Eu queria estar isenta de certas dores diárias, como pentear o cabelo pela manhã, bater o dedo do pé na quina da cama, a lente ardendo no olho, a coluna nas aulas de história. Mas só algumas dores, porque afinal, eu não viveria sem passar a língua freneticamente na afita localizada estrategicamente entre os dentes e o lábio inferior.
Se a escolha de sentir fosse nossa, tudo seria mais interessante de se viver.
Numa prova de matemática por exemplo, zero. Um zero bem inexorável, como diria Zezé.
A sensação de revolta, raiva, ou até tristeza, poderia ser simplismente banida, e você acordaria às cinco da tarde, de cara pra um lindo sol poente.
ê vidão
terça-feira, 13 de maio de 2008
Que venham dias mais azuis
E peço licença, para utilizar-me de uma frase proferida por Clarice Lispector em " Água-Viva ", como forma de lembrança, de que dias bons virão:
O mundo por um instante é exatamente o que meu coração pede.
domingo, 11 de maio de 2008
Eu era inexistente. Eu era nada. Eu era a falta e o vazio da cama vazia. Eu era a esperança morta de um funeral, era lamento de partida nos lençóis dos amantes.
E só me ingadava: será que ainda tenho um coração?
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Hoje não é um dia bom
Poxa tio log, deixa eu ser sua base, e seja meu exponencial, só amanhã.
Amém
quinta-feira, 8 de maio de 2008
cheguei.
Mas sinto-me despreendida em falar: com essas modas que vão e voltam, as calças skinny e camisetas xadrez, sei que um dia vou ser igual à minha mãe. Tô em processo, processo.